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Quarta-feira, 26 / 02 / 14

AS RAÍZES E A EVOLUÇÃO

Qualquer sociedade moderna no seu epílogo evolucionista depara com fortes embates com a tradição, dando a entender que a razão desta incoerência é o medo de perder a sua identidade. Como seres pensantes que somos, não estamos assim tão desinformados, que nos leve a admitir, que não podemos nos adaptar a novas influências culturais, trazidas por povos que possuem de exemplo, uma melhor evolução social e humana.As “Raízes” são de muita importância, é a genealogia de uma comunidade que preserva costumes e tradições, que no decorrer dos anos já tiveram influência de outras culturas, é com esse crescimento humano que as sociedades de vanguarda se alicerçam, conseguindo eleger o que deu certo, e dissipar o que foi de errado, somando no crescimento intelectual e humano com o objetivo do melhoramento da qualidade de vida. Para que tudo isso aconteça, terá a comunidade de possuir um conhecimento cabal das suas origens, para se respeitar a si própria e ás influências culturais externas, benéficas á construção das suas memórias. Grandes obras foram edificadas em nome de ideais, no intuito de marcar padrões de evolucionismo material ou espiritual, distinguindo nas sociedades um ponto em comum, sua gênese. É imperioso enaltecer os monumentos edificados literalmente, expondo todo o folclore de uma sociedade, clarificando todos os ensinamentos do passado para assim projetar melhor o futuro.Visitantes e turistas que procuram essas raízes, são pessoas contemporâneas que trabalham e dedicam a sua vida no enriquecimento cultural, procurando no seu contexto, a qualidade de vida que almejam. Conhecer as tradições das diversas regiões que os acolhem, eles somam na permuta de conhecimento que os ajudam a discernir melhor oVisitantes e turistas que procuram essas raízes, são pessoas contemporâneas que trabalham e dedicam a sua vida no enriquecimento cultural, procurando no seu contexto, a qualidade de vida que almejam. Conhecer as tradições das diversas regiões que os acolhem, eles somam na permuta de conhecimento que os ajudam a discernir melhor o seu futuro. Temos de ter confiança na preservação desse passado, que de tão importante é, para a evolução do nosso Município e região, mostrando aos nossos visitantes o crescimento econômico e intelectual que impera na nossa comunidade.turistasDesde os tempos remotos que por necessidade, ou em busca de conhecimento, o homem quis conhecer tudo que estava perto de si ou para além do seu horizonte, com isso empreendeu viagens que globalizaram o nosso planeta com a povoação de novas regiões, gerando a construção de novas comunidades. Com o crescimento demográfico e a necessidade de ocupar espaços, foi criando raízes em lugares distantes do seu habitat, e passou a dinamizar nessas áreas, culturas diversificadas que geraram as civilizações atuais. Nos seus momentos de lazer o homem da atualidade, também investe em viagens que já não têm o intuito imperioso de se alimentar, mas sim na busca do seu passado, tentando compreender a sua própria existência, e com esse predisposto passou a economizar, para efetuar pesquisas sociólogas, de comunidades antigas ou modernas na busca de sua própria identidade.turistasÉ necessário que a nossa comunidade entenda, o quanto é importante receber bem esses visitantes, porque serão eles que irão trazer as divisas, para o crescimento econômico do Município. Será preservando esses monumentos, que estamos enriquecendo a nossa comunidade, á imagem de outras por esse mundo afora.Barra do Garças reluz na tua beleza, porque as tuas “raízes” encantam!!!Eduardo Oliveira
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 19:42
Quarta-feira, 26 / 02 / 14

Centro de estudos de ETs na Unicamp abrigaria o ET de Varginha

Eduardo SchiavoniDo UOL, em Americana (SP)

Instituto de Química da Unicamp abrigaria o Pavilhão 18, 'casa' do ET de Varginha e de vááários outros

Instituto de Química da Unicamp abrigaria o Pavilhão 18, 'casa' do ET de Varginha e de vááários outros

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), instituição fundada em 1966 e que concentra 23 mil alunos em seus 60 cursos conceituados, conquistou uma fama que pouco tem a ver com a área acadêmica: estudiosos da ufologia, ciência que estuda elementos ligados a óvnis (objetos voadores não identificados) apontam a universidade como abrigo para criaturas extraterrestres e o maior centro brasileiro de pesquisa sobre a vida fora da Terra.

Por isso, os ufólogos apelidaram a Unicamp de Área 51 brasileira, uma referência à área militar restrita no deserto de Nevada, nos Estados Unidos, tão secreta que o governo norte-americano só admitiu sua existência oficial em 1994 e ainda com muitas restrições. Ufólogos afirmam que o local recebe extraterrestres capturados no território americano, fato nunca confirmado ou negado pelo governo. Por isso, segundo eles, a semelhança entre os dois locais.

O ET DE VARGINHA

O caso de Varginha ocorreu no dia 20 de janeiro de 1996, e se tratava de uma possível aparição de objetos voadores não identificados com captura de criaturas extraterrestres de alto nível de civilização pelas autoridades brasileiras. Uma destas criaturas teria sido levada até a Unicamp, onde permaneceria até hoje.Três garotas, ao passarem próximas a um terreno baldio, afirmaram terem visto uma das tais criaturas, que teria pele marrom, viscosa, olhos enormes de cor vermelha e três protuberâncias na parte superior da cabeça, que era muito grande.Na mesma cidade, um casal também afirmou ter visto um óvni esfumaçado, e outra testemunha afirmou ter presenciado a queda de um óvni e seus destroços sendo recolhidos por militares. Uma investigação realizada pelo Exército Brasileiro, finalizada em 1997, afirmou que as pessoas viram um homem no terreno e confundiram-no com um suposto extraterrestre

De acordo com estudiosos, a Unicamp começou a se tornar o principal reduto de pesquisas extraterrestres brasileiras a partir de 1996, com o caso do ET de Varginha (MG). Para os ufólogos, a criatura encontrada na cidade mineira foi trazida para a Unicamp."O Exército foi até o local, mas o ET não estava mais lá e tinha sido retirado numa ambulância. Os militares foram atrás dela e a interceptaram. O ET foi retirado da ambulância e levado para a Unicamp, onde foi pesquisado. Foi um dos casos mais importantes da ufologia de todo o mundo. E há muitas testemunhas", diz afirmou José Fernando de Moraes Pinto, biólogo e estudioso do tema.

O local

O laboratório de testes da Unicamp, que teria criaturas de outros planetas mortas e também vivas, ficaria metros abaixo da terra e seria conhecido como Pavilhão 18. Segundo os ufólogos, ele é guarnecido de forma única e estaria localizado próximo ao Instituto de Química e a Faculdade de Ciências Médicas.

"Já vimos soldados do Exército, com armas de calibre grosso, e também seguranças particulares que rondam o local durante todo o dia, mas não dá para saber muito, já que o local não é acessível para alunos e pessoas em geral", disse Ricardo Roehe, ufólogo, pesquisador e responsável pelo site "Ufólogos Online".

Roehe explica que, com o sucesso na análise do ET de Varginha, que teria sobrevivido e seria mantido no local até hoje, a universidade foi escolhida para receber outras criaturas. A partir daí, o laboratório subterrâneo teria sido construído para abrigar os extraterrestres. "O motivo de ser subterrâneo é controlar os poderes mentais dos ETs e evitar que eles tentem se comunicar com seus pares por telepatia", informou ele, contando ainda que a Unicamp concentra uma grande variedade de extraterrestres "Todos os ETs capturados em Varginha estão lá, assim como os chupa-cabras capturados vivos ou mesmo os abatidos no interior do país"

Outro lado

A universidade se pronunciou através de nota oficial e negou as informações. "Não procede a informação de que a Unicamp estaria desenvolvendo pesquisas ou abrigando supostos extraterrestres em suas dependências", afirma a universidade.

"A instituição interpreta o assunto como um mito que prosperou no imaginário popular e nega qualquer afirmação ou insinuação a esse respeito", completa a nota oficial.

Procurado para comentar o caso, o Exército Brasileiro informou, em nota oficial, que a informação sobre a presença de militares do Exército protegendo uma área na Unicamp "não procede".

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/02/19/centro-de-estudos-de-ets-na-unicamp-seria-subterraneo-e-abrigaria-o-et-de-varginha.htm

 
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publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 03:01
Terça-feira, 25 / 02 / 14

Destaque na Cena Musical do Araguaia lança Novo Clipe

Em primeira mão para o 100%, Uirá Paiva divulga seu mais recente trabalho:

http://www.youtube.com/watch?v=7TJnqATKDdo
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 23:30
Domingo, 23 / 02 / 14

Cachoeira Pousada Cristal

 
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 22:48
Domingo, 23 / 02 / 14

Barra Crochê - Tapetes de Barbante

O Vale do Araguaia é sem duvida uma região de formidáveis representantes das mais diversas expressões artísticas. Pessoas com muito talento aqui desenvolvem trabalhos com empenho e dedicação alcançando excepcionais resultados. Ivany Gomes Dias é uma dessas pessoas, ela vende seus lindíssimos Tapetes de Barbante na empresa Barra Crochê de sua propriedade. Nada mais normal uma mãe de família fundar uma pequena empresa para vender Crochê.

Contudo, além da beleza dos tapetes, outro fator chama muito a atenção na Barra Crochê. Em sua empresa, orientada por seu filho Victor, Ivany faz a comercialização dos produtos virtualmente na internet. E como ressaltado por Victor, é única empresa especializada em crochê desta Região do Araguaia que parcela as compras no cartão de crédito.

Mais ainda não parou por aí, como estratégia de Marketing, Victor fundou uma Pagina no Facebook especializada em divulgar trabalhos dos mais diversos artistas em tapetes do mesmo gênero. A página conta hoje com mais de 19 mil curtidas e lá você pode conferir os trabalhos aqui mencionados atreves do endereço https://www.fb.com/TapetesBarbante1.

Se seu desejo é adquirir um dos tapetes de Ivany acesse: http://barracroche.loja2.com.br/

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publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 22:14
Sábado, 22 / 02 / 14

Dom Pedro Casaldáliga: Uma visita de 'turista'

Por Aray P Nabuco*Um turista que chega ali talvez pergunte por um bom ponto de pesca, cachoeira ou artesanato indígena dos karajá e xavante. Mas quando cheguei a primeira vez em São Félix do Araguaia (MT) nenhum desses passeios típicos da cidade me preocupava. Quis logo visitar seu morador mais conhecido e começava com um problema a menos: não precisaria de guias, centros de informação ao turista, nem cicerones. Não lembro bem, mas na época, lá pelos fins de 1990, havia um conflito indígena pelos diamantes das terras dos cinta-larga e escalei esta minha desculpa para a visita a dom Pedro Casaldáliga. Confesso que, mais ou menos, menti.

"Hoje, certamente, Félix estaria ao lado de Casaldáliga para defender os índios dos ataques dos colonos"

Qualquer um na rua, que seja morador de São Félix, sabe onde Casaldáliga mora na cidade de pouco mais de 10 mil habitantes e que devido a grandiosidade de seu trabalho e generosidade de seu pensamento entrou para a vida nacional, para o noticiário e parecia bem maior do que é. Casaldáliga encarna de certa forma o espírito de Félix, cristão que negou a confortável fortuna da família, foi perseguido, preso e torturado e usou a única pequena propriedade que lhe restou para plantar e distribuir aos pobres. Foi batizada com o nome do santo pelos colonos 'brancos', como proteção contra os ataques dos índios, os xavante na mata dentro e karajás, que habitam as margens do Araguaia 'desde sempre', pois para eles, sua nação emergiu das profundezas do rio. Mas hoje, certamente, Félix estaria ao lado de Casaldáliga para defender os índios dos ataques dos colonos. 
 VisitaInformaram que a casa do bispo era ao lado da igreja. Um imóvel simples, muito simples e pequeno, que também não se podia dizer novo, na rua principal que saía do píer às margens do Araguaia. Me apresentei como jornalista - que sou de fato -, destrinchei minha desculpa da entrevista e ele, gentilmente, convidou a entrar - podia duvidar diante de tantas ameaças que já sofria na época e de um sujeito de boné cata-ovo, camiseta, bermuda e bota, apesar do disfarce do bloquinho de papel e caneta na mão.Entramos pela cozinha, por um corredor ao lado da casa, onde um morador esperava o ainda bispo da Prelazia de São Félix com um cacho de bananas pego naquela hora na mata para oferecer-lhe; aceitou, seria uma ofensa não aceitar e, para mim, começava ali a lição de entender o que ele significava para os comuns, o respeito e solidariedade que sua pessoa suscitava. Na casa, que já não lembro tão bem, mas lembro que não vi um traço de excesso, de usura; os móveis eram bem usados, em bom estado, comuns. Numa prateleira, algumas drusas de quartzo, certamente não para atrair duendes; é um minério bonito e comum nas vizinhanças de Goiás e Tocantins.Casaldaliga-Igreja-iConvidou-me ao outro cômodo, tipo a sala; onde havia o que deduzi ser sua escrivaninha: uma cadeira diante de uma mesinha pequena de madeira escura com uma máquina de escrever. Talvez fosse dali que ele emanava suas ideias humanitárias, libertadoras, registrava sua luta em favor de pequenos agricultores, indígenas e ribeirinhos desterrados, acrescentava experiências à Teologia da Libertação, que adotou, compartilhava as atitudes e posturas que o tornaram um fundamento na luta contra as opressões. O Félix de São Félix, que rezava na nave de sua igreja em frente a uma cena do Calvário com tipos negros, caboclos, ribeirinhos e índios, que agora são atacados por fazendeiros, como o Cristo foi pela elite poderosa de sua época.

"Não se sabe que tipo de ser humano é capaz de puxar o gatilho contra o pastor dos pequenos no rebanho social, um octogenário senhor franzino, de cabelos de metal, mobilidade auxiliada por bengala e já obrigado ao silêncio pela própria igreja para a qual dedicou sua vida. Mas sabemos que eles existem"

Devido às suas 'perigosas bombas de solidariedade', um insulto aos interesses financeiros e latifundiários, Casaldáliga foi retirado da cidade por juras de morte, que recomeçaram na semana passada, quando começou a operação de forças policiais para a saída dos invasores das terras xavante. Não se sabe que tipo de ser humano é capaz de puxar o gatilho contra o pastor dos pequenos no rebanho social, um octogenário senhor franzino, de cabelos de metal, mobilidade auxiliada por bengala e já obrigado ao silêncio pela própria igreja para a qual dedicou sua vida. Mas sabemos que eles existem e que quase sempre continuam livres, à revelia da Justiça. Basta o que aconteceu a Dorothy Stang.Caros AmigosTive vergonha de confessar a dom Pedro Casaldáliga o desejo de apenas conhecê-lo, de vê-lo pessoalmente e por isso achei que precisava da desculpa da entrevista - aventei comigo mesmo negociar a publicação do material em Caros Amigos e assim, meu álibi para o encontro com ele estaria salvo; mas não deu mesmo; estava a trabalho, navegando pelo Araguaia e só voltaria a uma cidade 15 dias depois; não havia a internet e a facilidade de e-mail, nem celulares 3G, e o assunto da hora ficou para trás. Hoje, penso que não precisava de qualquer desculpa para uma aproximação, era só 'chegar chegando', como dizem, e ele também receberia, como pacientemente fez comigo.Dom Pedro Casaldáliga provavelmente nem se lembre do sujeito de cata-ovo que roubo-lhe pouco mais de 1 hora de conversa e entrevista. Desculpe, dom Pedro; turistas se contentam com monumentos de concreto e paisagens; jornalista, quis conhecer aquele que faz da sua vida um monumento para a humanidade. *Aray P Nabuco é jornalista e editor executivo do site de Caros AmigosFonte: http://www.carosamigos.com.br/index.php/artigos-e-debates/2828-dom-pedro-casaldaliga-uma-visita-de-turista
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publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 17:14
Sábado, 22 / 02 / 14

CAMPONESES DO ARAGUAIA - A Guerrilha Vista Por Dentro

http://www.youtube.com/watch?v=UhpO4I2O0zsDocumentário de Vandré Fernandes estreiou na Mostra de SP e trouxe viés inédito do combate contra a ditadura no interior do país.A Guerrilha do Araguaia já foi tratada a partir de dois pontos de vista primordiais: o lado oficial dos militares e o dos participantes da notória luta armada. Iniciado pelo PCdoB no fim da década de 60, o movimento que visava instalar a resistência popular contra a ditadura agora ganha nova abordagem no documentário "Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro", do diretor Vandré Fernandes, ex-dirigente da UJS.O filme traz relatos dos diversos camponeses que vivenciaram a Guerrilha no dia-a-dia, contando curiosidades do relacionamento com os guerrilheiros e também das marcas que deixaram as torturas dos militares, ampla e irrestrita a todos que moravam na região onde foi deflagrado o conflito. Há ainda um rico bando de imagens, que complementam esse importante registro de uma parte ainda pouco explorada da história brasileira."Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro" faz parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e teve estreia marcada para o dia 22 de outubro no Unibanco Arteplex.O Portal UJS bateu um papo com Vandré Fernandes, que conta mais detalhes de sua produção.Como e quando surgiram as primeiras ideias para o documentário?A ideia surgiu no primeiro semestre de 2009, quando ficamos sabendo que os camponeses do Pará que vivenciaram e se envolveram na Guerrilha do Araguaia iriam ser anistiados pelo Estado Brasileiro. No início, a Fundação Mauricio Gragois queria apenas o registro na íntegra do processo da anistia e ter isso como arquivo histórico. Foi aí que percebi que aquela história podia render muito mais e apresentei um roteiro para realizarmos o documentário que pudesse, num futuro, participar de festivais e mostras, e que mais pessoas pudessem ter acesso ao episódio da Guerrilha. Como a Fundação não tinha experiência no desenvolvimento do audiovisual, então eu apresentei a Oka Comunicações e assim nasceu a parceria do Documentário.Desde do início, eu procurava contar a história da Guerrilha através do olhar do camponês. Basicamente, a marcação do roteiro seguiu quatro perguntas: como era região, como você (camponês) chegou aqui, como foi o seu contato e impressão dos "paulistas" (os Guerrilheiros), como foi no tempo da Guerrilha e o contato com os militares e, por último, como você (camponês) e a região ficaram após a guerrilha. Veja que num documentário a gente procura seguir uma linha de roteiro para não fugir da história inicialmente pensada, e não propriamente um roteiro, como num filme de ficção. Mas aí fui percebendo que a história não fechava direito, faltava informações do porquê dos "paulistas" terem se deslocado para a região do sul do Pará e da tática militar utilizada pela ditadura para aniquilar os guerrilheiros. Então, eu e os produtores achamos melhor incorporar no documentário pessoas que preenchessem essas informações, como Renato Rabelo, presidente do PCdoB, e Romualdo Pessoa, professor da UFG que lançou um excelente livro intitulado "Guerrilha do Araguaia, a esquerda em armas".Um dos diferenciais da produção é tratar da Guerrilha do Araguaia a partir do povo da região. Você consegue citar algum personagem que seja mais marcante para você?Esse é de fato o diferencial, contar através do olhar do camponês. Sabemos pouco sobre o episódio pelos militares. Já o PCdoB tem vários registros que remontam a Guerrilha, como o Relatório de Arroio e Araguaia - relato de um guerrilheiro, de Glênio de Sá, para citar dois. Mas há vários documentos e livros a respeito. Não há exatamente o mais marcante, pois se a gente pegasse a história só de um camponês já teriamos um bom documentário. Porém, há histórias interessantes que acabaram não entrando no documentário, por conta do que eu disse de seguir uma linha de pensamento. Uma delas é da camponesa Neusa e o guerrilheiro Amaro, que mesmo sendo proibidos de ter um relacionamento amoroso - pois era perigoso para a organização - decidiram viver juntos, ele com mais de 40 e ela com 19 anos. Tiveram muitos filhos, todos com nomes de guerrilheiros. Amaro faleceu na década de 90 e Neusa está no documentário.Mas a história mais impressionante foi contada pela camponesa e professora Oneide. Ela preparou um festival de teatro entre os alunos da região para ser apresentado em praça pública, com diversos temas locais. Foi feita uma montagem da Guerrilha e quando uma aluna interpretava Dina, uma guerrilheira, a polícia e o prefeito entraram dispersando a população e tiraram a roupa da jovem, deixando-a nua na praça, isso em 2006.Que outras novidades o filme traz (imagens inéditas, informações novas etc.)?A novidade, sem dúvida, são os relatos dos camponeses. No entanto, a TV Mirante nos cedeu imagens de treinamento do exército na região utilizados como forma de intimidamento que são impressionantes. Eles estavam indo para uma guerra de fato. Já as imagens do cotidiano da época, dos camponeses jovens, aqueles retratos de casamento, de pais, que no norte e nordeste são comuns, isso se perdeu, pois os militares queimaram tudo o que pudesse guardar alguma lembrança.Quem são os apoiadores da produção? Como você avalia a viabilidade comercial de documentários como o seu no cenário atual?O financiamento do documentário se deu através da Fundação Maurício Grabois e seu presidente Adalberto Monteiro, além do apoio de Leocir Rosa e Osvaldo Bertolino, que também nos ajudaram na condução no sul do Pará. Tivemos ainda a Oka Comunicações, através do meu amigo Rogerio Zagallo, produtor e editor, que se dedicou muito na finalização, Bruno Mitih, o fotógrafo, Daniel Altman, que musicou o filme, e eu, claro, fazendo quase tudo a custo zero. Foi o chamado "cinema de guerrilha". O formato documentário no Brasil vem ganhando bastante prestígio, tem produções para todos os gostos, como "Jogo de Cena", "Dzi Croquetes", "Cidadão Boilesen", "Terra Deu, Terra Come", "Alô Alô Teresinha". As salas de cinemas com esses trabalhos vêm tendo um público cativo.Depois da participação na Mostra, o filme será exibido em algum circuito e sairá em DVD?Passamos pelo Festival do Rio e agora estamos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e isso é bem legal porque o filme passa a falar para mais pessoas. Ainda estamos aguardado respostas de outros festivais, inclusive fora do Brasil, mas não pensamos no circuito comercial, pois exige um investimento alto para a exibição nas salas. Acho mais interessante caminhar para a televisão e estamos em conversas com as TVs públicas e comunitárias. Já o DVD logo mais estará disponível no site da Fundação.
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 16:21
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

A Lenda do Boto

boto2A lenda diz que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte elegante , beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando Terno e chapéu  brancos.e sai a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente.images (4)Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para dançar e depois saem da festa para namorar. Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço.Na região do Araguaia sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto. Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.Dizem também que o boto é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais situações, o boto aparece empurrando as mulheres para as margens do rio, a fim de evitar que elas se afoguem, as intenções disso até hoje não são muito conhecidas… Fotoa-0048  
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 19:28
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Curtindo as férias

Férias é o momento para relaxar, curtir com a família com o povo que gosta e no post dessa semana( sim, teremos muitos outros, falando sobre programa de férias), vamos falar de viagem.VIAGEM, do provençal viatge, que significa ato de ir a algum lugar relativamente afastado. Como todos sabem, viajar é muito mais do que ir para algum lugar longe, viajar é se encontrar, encontrar com quem ama, encontrar com a felicidade, talvez uma fuga da realidade, talvez uma fuga de si mesmo, talvez o seu encontro com você mesmo.02_NadandoEntão galeras de outros estados, se querem viajar, encontrar com a natureza e na busca por si mesmo, se encontrar, eu indico a minha cidade, ou como é popularmente conhecida, Barra do Garças. Uma cidade com maravilhas naturais anormais, além do mais, um povo acolhedor, amoroso, gentil. É incrível como a cidade é turística e os políticos não conseguem aproveitar esse charme todo para melhorar a infra estrutura da cidade.Viajar para encontrar seu amor, viajar para encontrar a felicidade, é incrível, sensacional, muitos fazem isso. Afinal após muitos meses de trabalho e estresse, curtir as férias ao lado de quem desperta em você os sentimentos mais puros e românticos é ANORMAL.Nada melhor do que fazer tudo isso em nossa cidade, curtindo as praias, as trilhas, as pessoas educadas e gentis que estão à espera de todos os turistas.Férias e viagem tem tudo a ver, absolutamente tudo a ver. Queremos que vocês anormais nessas férias passem ao lado de quem vocês amam e longe da rotina estressante que os deixam a beira do caos, busquem o que os façam feliz longe dos problemas.Nordeste, Norte, Centro Oeste, Sul, Sudeste, o Brasil é gigante, eu indico visitar o Brasil, visitar o Araguaia. Faça seu roteiro e descubra como o país é lindo e como vocês podem encontrar o melhor de vocês no melhor lugar. Curtam as férias.Rio AraguaiaRio Araguaia
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:57
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Grupo tradicional de catira da região do Médio Araguaia

Bate-pé caipira no compasso da família Fernandes

por Dandara Morais

[caption id="attachment_384" align="alignleft" width="900"]Catireiros do Araguaia Catireiros do Araguaia[/caption]“Não é necessário fazer teste de DNA, todos nascem batendo pés e palmas”Barra do Garças – A catira ganhou o gosto popular e tomou a cidade em forma de poesia; o sentimento, a cultura e a labuta do homem do campo são levados à compreensão das famílias urbanas. Apesar de toda a variedade cultural e rítmica que permeia a música brasileira, a moda de viola é, sem dúvida, a expressão musical mais típica do caipira.A história dos Catireiros do Araguaia começa a ser escrita em 1959, com o casamento dos cantores Orlando Fernandes, que na época cantava com seu irmão Zezinho, hoje conhecido como Zé do Cedro e Joana de Araújo, que cantava com a Neide, sua prima, e o Nico, o Cacique da dupla Cacique e Pajé.“Foi amor à primeira vista”, Joana Araújo Fernandes, 72 anos, aposentada conta que conheceu seu esposo, Orlando Fernandes, em 1958, num espetáculo de circo. Seis meses depois resolveram se casar.Após o casamento surge, então, a dúvida, continuar cantando em busca de sucesso e fama ou criar família? Pouco tempo depois Joana fica grávida de sua primeira filha. Joana e Orlando continuam cantando, por Monte Aprazível e região, agora aonde iam levavam Vera, a primogênita. Joana conta que em 1960, Vera ainda pequenina já batia os pezinhos, a cultura estava no sangue.maxresdefault (1)Lá por volta de 1974, Seu Orlando é chamado para cuidar de uma fazenda em Araguaiana, interior de Mato Grosso. Ele vem e traz toda a família, naquele momento ele, dona Joana e mais seis filhos. Em Barra do Garças – MT ficam conhecendo  um dos desbravadores da região, Valdon Varjão (1923 – 2008), que ajudou e incentivou a criação do grupo Catireiros do Araguaia.O grupo Catireiros do Araguaia cresce conforme a família, hoje são 57 pessoas tocando, cantando e dançando catira, dona Joana diz: “Optamos por criar família, tinha a possibilidade de ter fama, continuar só na cantoria, ganhar dinheiro com isso, mas nós preferimos, com a graça de Deus, criar a nossa família. Hoje ao invés de sermos só nós dois, somos 57 pessoas, e todos dançam catira.”

catireiros_conv

A organização do grupo é patriarcal, Seu Orlando e dona Joana estão à frente; mas  hoje, o professor Otamiro Araújo Fernandes, 44, ajuda a coordenar o grupo. Otamiro comenta que esse modelo tem dado certo, são 54 anos de tradição familiar. “Meus pais impuseram na educação a questão cultural e religiosa, e funcionou, criaram nove filhos e ainda conseguiram que esta bandeira fosse passada de geração para geração”, observa. Assim como ele, todos os filhos têm outra profissão, mas o Catireiros do Araguaia esta em primeiro lugar na vida deles.Catireiros do Araguaia é reconhecido nacionalmente, em 1980 se destacou dos demais grupos de catira por ser o primeiro a ter participação feminina na dança. Otamiro conta que, com a diversidade musical que tomou o país, viver de música é impossível se você não se render ao mercado. Então, a família Fernandes vive uma luta constante pra levar por onde passa a tradição e a cultura dos catireiros.

joana

Histórias ganham vida nas mãos de Dona Joana

A catira é uma dança ligada à religião e ao costume do homem do campo, era a forma com que as pessoas da roça comemoravam um dia de trabalho produtivo. Após os mutirões organizados para plantar, colher, roçar, a festa estava garantida. Dona Joana ressalva “a catira é uma dança popular, é uma dança que veio lá do meio do mato, do mutirão do meio da roça, as pessoas trabalhavam o dia inteiro e quando era noite não era baile, era moda de viola e catira a noite inteira” conta.Em sua trajetória, o grupo Catireiros do Araguaia tem se apresentado em diversos estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal. Em 2010 foram premiados no Voa Viola- Festival Nacional de Viola, com a canção Araguaia Presente de Deus, de composição de Joana Fernandes. No palco, toda a família reunida, pais, filhos, netos e bisnetos levando a tradição e a cultura dos Catireiros do Araguaia.Fotos: Muryllo Simon / Arquivo
 
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:46

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