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Sexta-feira, 21 / 02 / 14

A Lenda do Boto

boto2A lenda diz que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte elegante , beberrão e bom dançarino, muito bem vestido trajando Terno e chapéu  brancos.e sai a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente.images (4)Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para dançar e depois saem da festa para namorar. Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço.Na região do Araguaia sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto. Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas.Dizem também que o boto é conhecido por ser uma espécie de protetor das mulheres, cujas embarcações naufragam. Muitas pessoas dizem que, em tais situações, o boto aparece empurrando as mulheres para as margens do rio, a fim de evitar que elas se afoguem, as intenções disso até hoje não são muito conhecidas… Fotoa-0048  
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 19:28
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Canoagem Eco Araguaia - Trilha das Águas

Um passeio ecológico na região, com cidadãos que acreditam que a prática de exercício é um meio de se buscar uma melhor qualidade de vida e não poluição do ambiente. Um passeio de canoagem pelo Rio Araguaia, vai além da simples observação, envolvendo atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo ao visitante, elevando o entendimento cultural e ecológico do ambiente natural, formando uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente e bem estar das pessoas envolvidas.Canoagem AraguaiaDicas para quem vai participar deste passeio- Durante o passeio é aconselhável usar: roupas leves e claras, roupas de banho, chinelo e boné ou chapéu;- O participante deve levar uma mochila (ou pochete) com objetos pessoais, alimentos leves suficientes para todo o passeio, um cantil ou garrafa com água, toalha e uma muda de roupa extra;- A alimentação ideal para os passeios é composta por: sanduíches naturais, frutas, chocolates, biscoitos, bebidas isotônicas, água e produtos energéticos;- Aconselhamos levar ainda máquina fotográfica, protetor solar, repelente, óculos escuros e um agasalho para se proteger do frio.Observações- Passeio indicado para pessoas que gostam de praticar atividades em contato com a natureza;
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 16:17
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

AEROPORTO DE BARRA DO GARÇAS - Banco do Brasil já potencializa obras

O Banco do Brasil já trabalha no sentido de agilizar os trabalhos para que o Aeroporto de Barra do Garças seja modernizado e ampliado. São várias as etapas para que o Aeroporto local passe realmente a funcionar em interligações com vôos nacionais e internacionais.Três etapas básicas terão que serem cumpridas e que fazem parte da fase estrutural da obra em si, que é revitalização total da pista, terminal de passageiro e equipamentos de proteção.

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Conforme um dos responsáveis pelos levantamentos dos trabalhos que estão sendo efetivados no Aeroporto de Barra do Garças, Whelen Gonçalo de Arruda, da Superintendência Regional do Banco do Brasil (BB), o cronograma está dentro do programado.Whelen observou que já foram feitos levantamentos diversos, inclusive com publicação de editais das fazes de projetistas e que agora passarão para licitações e análises dos antiprojetos.O que se entende é que há uma preocupação de se fazer uma obra que realmente coadune com as metas propostas, que é ter um aeroporto à altura da região do Araguaia, principalmente quando se sabe que ali pousará também aviões civis e militares de grande porte.amp-0001312011206283Whelen adiantou também que as obras só terão início no segundo semestre de 2014 e que a mesma nada tem a ver com as do PAC e nem com parceria com governo do Estado e outras, mas sim de verba especial oriunda do Governo Federal, e direcionada para alguns Aeroportos de Mato Grosso, sendo o de Barra considerado de grande porte, motivo dos demorados estudos que estão sendo realizados.Whelen Arruda afirmou ainda que dentro destes requisitos básicos haverá também os estudos ambientais, limpeza geral e cerco em todo o espaço que será usado para alçar vôos e pouso das naves.“É um trabalho exaustivo, mas compensador para todos os envolvidos no processo, já que se terá um aeroporto totalmente abalizado para o uso da população da região”, disse Whelen.De: A Gazeta do Vale do Araguaia
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publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 15:57
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Marinha prestará serviços na Região de Barra do Garças

Leory William

SECOM/BG

Equipe da Marinha do Brasil, agência de São Felix do Araguaia vão estar de 17 à 21 do corrente em Barra do Garças prestando atendimento à população em geral que fazem uso de veículos nas águas dos rios Araguaia e Garças.O atendimento ocorrerá na prefeitura, na sala ao lado da secretaria de Turismo, das 9hs às 12hs no período matutino e das 14hs às 17hs no período vespertino.oper_verao1Os serviços que serão ofertados são:• Aplicação de Prova de Habilitação de Arrais Amador;• Renovação de Carteira de Arrais Amador;• Revalidação de Carteira de Inscrição de Registro (CIR);• Inscrição e transferência de propriedade de embarcação;• Palestra sobre segurança da navegação amadora.Os interessados deverão comparecer munidos de documentos pessoais, comprovante de residência e documentos das embarcações.Paralelo as regularizações haverá também uma equipe fiscalizando e exigindo documentos aos usuários de barcos, jets skys e outros.

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publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 15:27
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

27° Encontro dos Pioneiros da “Marcha para o Oeste” - Nova Xavantina

De: agazetadovale.com.br

Ocorre neste dia 01 de março, em Nova Xavantina, o 27° Encontro dos Pioneiros da “Marcha para o Oeste”. Na foto alguns antigos participantes e também do pioneiro e Mestre de Obra da época, João Mourão, ora residente em Barra do Garças e que fala com muita propriedade sobre a construção das obras daquela cidade.João Mourão fala também, com muita propriedade sobre a ponte Arquimedes Lima, obra da fundação Brasil Central, sobre o Rio Araguaia. Veja as fotos da época:Gazeta.Galeria1022.20140220110845.001Gazeta.Galeria1022.20140220110845.002Gazeta.Galeria1022.20140220110845.003Gazeta.Galeria1022.20140220110845.004Gazeta.Galeria1022.20140220110845.005Gazeta.Galeria1022.20140220110845.006Gazeta.Galeria1022.20140220110226.001

Pioneiro e Mestre de Obra da época, João Mourão.

 
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 15:02
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Curtindo as férias

Férias é o momento para relaxar, curtir com a família com o povo que gosta e no post dessa semana( sim, teremos muitos outros, falando sobre programa de férias), vamos falar de viagem.VIAGEM, do provençal viatge, que significa ato de ir a algum lugar relativamente afastado. Como todos sabem, viajar é muito mais do que ir para algum lugar longe, viajar é se encontrar, encontrar com quem ama, encontrar com a felicidade, talvez uma fuga da realidade, talvez uma fuga de si mesmo, talvez o seu encontro com você mesmo.02_NadandoEntão galeras de outros estados, se querem viajar, encontrar com a natureza e na busca por si mesmo, se encontrar, eu indico a minha cidade, ou como é popularmente conhecida, Barra do Garças. Uma cidade com maravilhas naturais anormais, além do mais, um povo acolhedor, amoroso, gentil. É incrível como a cidade é turística e os políticos não conseguem aproveitar esse charme todo para melhorar a infra estrutura da cidade.Viajar para encontrar seu amor, viajar para encontrar a felicidade, é incrível, sensacional, muitos fazem isso. Afinal após muitos meses de trabalho e estresse, curtir as férias ao lado de quem desperta em você os sentimentos mais puros e românticos é ANORMAL.Nada melhor do que fazer tudo isso em nossa cidade, curtindo as praias, as trilhas, as pessoas educadas e gentis que estão à espera de todos os turistas.Férias e viagem tem tudo a ver, absolutamente tudo a ver. Queremos que vocês anormais nessas férias passem ao lado de quem vocês amam e longe da rotina estressante que os deixam a beira do caos, busquem o que os façam feliz longe dos problemas.Nordeste, Norte, Centro Oeste, Sul, Sudeste, o Brasil é gigante, eu indico visitar o Brasil, visitar o Araguaia. Faça seu roteiro e descubra como o país é lindo e como vocês podem encontrar o melhor de vocês no melhor lugar. Curtam as férias.Rio AraguaiaRio Araguaia
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:57
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Grupo tradicional de catira da região do Médio Araguaia

Bate-pé caipira no compasso da família Fernandes

por Dandara Morais

[caption id="attachment_384" align="alignleft" width="900"]Catireiros do Araguaia Catireiros do Araguaia[/caption]“Não é necessário fazer teste de DNA, todos nascem batendo pés e palmas”Barra do Garças – A catira ganhou o gosto popular e tomou a cidade em forma de poesia; o sentimento, a cultura e a labuta do homem do campo são levados à compreensão das famílias urbanas. Apesar de toda a variedade cultural e rítmica que permeia a música brasileira, a moda de viola é, sem dúvida, a expressão musical mais típica do caipira.A história dos Catireiros do Araguaia começa a ser escrita em 1959, com o casamento dos cantores Orlando Fernandes, que na época cantava com seu irmão Zezinho, hoje conhecido como Zé do Cedro e Joana de Araújo, que cantava com a Neide, sua prima, e o Nico, o Cacique da dupla Cacique e Pajé.“Foi amor à primeira vista”, Joana Araújo Fernandes, 72 anos, aposentada conta que conheceu seu esposo, Orlando Fernandes, em 1958, num espetáculo de circo. Seis meses depois resolveram se casar.Após o casamento surge, então, a dúvida, continuar cantando em busca de sucesso e fama ou criar família? Pouco tempo depois Joana fica grávida de sua primeira filha. Joana e Orlando continuam cantando, por Monte Aprazível e região, agora aonde iam levavam Vera, a primogênita. Joana conta que em 1960, Vera ainda pequenina já batia os pezinhos, a cultura estava no sangue.maxresdefault (1)Lá por volta de 1974, Seu Orlando é chamado para cuidar de uma fazenda em Araguaiana, interior de Mato Grosso. Ele vem e traz toda a família, naquele momento ele, dona Joana e mais seis filhos. Em Barra do Garças – MT ficam conhecendo  um dos desbravadores da região, Valdon Varjão (1923 – 2008), que ajudou e incentivou a criação do grupo Catireiros do Araguaia.O grupo Catireiros do Araguaia cresce conforme a família, hoje são 57 pessoas tocando, cantando e dançando catira, dona Joana diz: “Optamos por criar família, tinha a possibilidade de ter fama, continuar só na cantoria, ganhar dinheiro com isso, mas nós preferimos, com a graça de Deus, criar a nossa família. Hoje ao invés de sermos só nós dois, somos 57 pessoas, e todos dançam catira.”

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A organização do grupo é patriarcal, Seu Orlando e dona Joana estão à frente; mas  hoje, o professor Otamiro Araújo Fernandes, 44, ajuda a coordenar o grupo. Otamiro comenta que esse modelo tem dado certo, são 54 anos de tradição familiar. “Meus pais impuseram na educação a questão cultural e religiosa, e funcionou, criaram nove filhos e ainda conseguiram que esta bandeira fosse passada de geração para geração”, observa. Assim como ele, todos os filhos têm outra profissão, mas o Catireiros do Araguaia esta em primeiro lugar na vida deles.Catireiros do Araguaia é reconhecido nacionalmente, em 1980 se destacou dos demais grupos de catira por ser o primeiro a ter participação feminina na dança. Otamiro conta que, com a diversidade musical que tomou o país, viver de música é impossível se você não se render ao mercado. Então, a família Fernandes vive uma luta constante pra levar por onde passa a tradição e a cultura dos catireiros.

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Histórias ganham vida nas mãos de Dona Joana

A catira é uma dança ligada à religião e ao costume do homem do campo, era a forma com que as pessoas da roça comemoravam um dia de trabalho produtivo. Após os mutirões organizados para plantar, colher, roçar, a festa estava garantida. Dona Joana ressalva “a catira é uma dança popular, é uma dança que veio lá do meio do mato, do mutirão do meio da roça, as pessoas trabalhavam o dia inteiro e quando era noite não era baile, era moda de viola e catira a noite inteira” conta.Em sua trajetória, o grupo Catireiros do Araguaia tem se apresentado em diversos estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, São Paulo e Distrito Federal. Em 2010 foram premiados no Voa Viola- Festival Nacional de Viola, com a canção Araguaia Presente de Deus, de composição de Joana Fernandes. No palco, toda a família reunida, pais, filhos, netos e bisnetos levando a tradição e a cultura dos Catireiros do Araguaia.Fotos: Muryllo Simon / Arquivo
 
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:46
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

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http://www.youtube.com/Documentário de Vandré Fernandes estreiou na Mostra de SP e trouxe viés inédito do combate contra a ditadura no interior do país.

A Guerrilha do Araguaia já foi tratada a partir de dois pontos de vista primordiais: o lado oficial dos militares e o dos participantes da notória luta armada. Iniciado pelo PCdoB no fim da década de 60, o movimento que visava instalar a resistência popular contra a ditadura agora ganha nova abordagem no documentário "Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro", do diretor Vandré Fernandes, ex-dirigente da UJS.

O filme traz relatos dos diversos camponeses que vivenciaram a Guerrilha no dia-a-dia, contando curiosidades do relacionamento com os guerrilheiros e também das marcas que deixaram as torturas dos militares, ampla e irrestrita a todos que moravam na região onde foi deflagrado o conflito. Há ainda um rico bando de imagens, que complementam esse importante registro de uma parte ainda pouco explorada da história brasileira.

"Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro" faz parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e teve estreia marcada para o dia 22 de outubro no Unibanco Arteplex.
O Portal UJS bateu um papo com Vandré Fernandes, que conta mais detalhes de sua produção.

Como e quando surgiram as primeiras ideias para o documentário?

A ideia surgiu no primeiro sementre de 2009, quando ficamos sabendo que os camponeses do Pará que vivenciaram e se envolveram na Guerrilha do Araguaia iriam ser anistiados pelo Estado Brasileiro. No ínicio, a Fundação Mauricio Gragois queria apenas o registro na íntegra do processo da anistia e ter isso como arquivo histórico. Foi aí que percebi que aquela história podia render muito mais e apresentei um roteiro para realizarmos o documentário que pudesse, num futuro, participar de festivais e mostras, e que mais pessoas pudessem ter acesso ao episódio da Guerrilha. Como a Fundação não tinha experiência no desenvolvimento do audiovisual, então eu apresentei a Oka Comunicações e assim nasceu a parceria do Documentário.

Desde do ínicio, eu procurava contar a história da Guerrilha através do olhar do camponês. Basicamente, a marcação do roteiro seguiu quatro perguntas: como era região, como você (camponês) chegou aqui, como foi o seu contato e impressão dos "paulistas" (os Guerrilheiros), como foi no tempo da Guerrilha e o contato com os militares e, por último, como você (camponês) e a região ficaram após a guerrilha. Veja que num documentário a gente procura seguir uma linha de roteiro para não fugir da história inicialmente pensada, e não propriamente um roteiro, como num filme de ficção. Mas aí fui percebendo que a história não fechava direito, faltava informações do porquê dos "paulistas" terem se deslocado para a região do sul do Pará e da tática militar utilizada pela ditadura para aniquilar os guerrilheiros. Então, eu e os produtores achamos melhor incorporar no documentário pessoas que preenchessem essas informações, como Renato Rabelo, presidente do PCdoB, e Romualdo Pessoa, professor da UFG que lançou um excelente livro intitulado "Guerrilha do Araguaia, a esquerda em armas".

Um dos diferenciais da produção é tratar da Guerrilha do Araguaia a partir do povo da região. Você consegue citar algum personagem que seja mais marcante para você?

Esse é de fato o diferencial, conthttp://www.youtube.com/watch?v=UhpO4I2O0zsar através do olhar do camponês. Sabemos pouco sobre o episódio pelos militares. Já o PCdoB tem vários registros que remontam a Guerrilha, como o Relatório de Arroio e Araguaia - relato de um guerrilheiro, de Glênio de Sá, para citar dois. Mas há vários documentos e livros a respeito. Não há exatamente o mais marcante, pois se a gente pegasse a história só de um camponês já teriamos um bom documentário. Porém, há histórias interessantes que acabaram não entrando no documentário, por conta do que eu disse de seguir uma linha de pensamento. Uma delas é da camponesa Neusa e o guerrilheiro Amaro, que mesmo sendo proibidos de ter um relacionamento amoroso - pois era perigoso para a organização - decidiram viver juntos, ele com mais de 40 e ela com 19 anos. Tiveram muitos filhos, todos com nomes de guerrilheiros. Amaro faleceu na década de 90 e Neusa está no documentário.

Mas a história mais impressionante foi contada pela camponesa e professora Oneide. Ela preparou um festival de teatro entre os alunos da região para ser apresentado em praça pública, com diversos temas locais. Foi feita uma montagem da Guerrilha e quando uma aluna interpretava Dina, uma guerrilheira, a polícia e o prefeito entraram dispersando a população e tiraram a roupa da jovem, deixando-a nua na praça, isso em 2006.

Que outras novidades o filme traz (imagens inéditas, informações novas etc.)?

A novidade, sem dúvida, são os relatos dos camponeses. No entanto, a TV Mirante nos cedeu imagens de treinamento do exército na região utilizados como forma de intimidamento que são impressionantes. Eles estavam indo para uma guerra de fato. Já as imagens do cotidiano da época, dos camponeses jovens, aqueles retratos de casamento, de pais, que no norte e nordeste são comuns, isso se perdeu, pois os militares queimaram tudo o que pudesse guardar alguma lembrança.

Quem são os apoiadores da produção? Como você avalia a viabilidade comercial de documentários como o seu no cenário atual?

O financiamento do documentário se deu através da Fundação Maurício Grabois e seu presidente Adalberto Monteiro, além do apoio de Leocir Rosa e Osvaldo Bertolino, que também nos ajudaram na condução no sul do Pará. Tivemos ainda a Oka Comunicações, através do meu amigo Rogerio Zagallo, produtor e editor, que se dedicou muito na finalização, Bruno Mitih, o fotógrafo, Daniel Altman, que musicou o filme, e eu, claro, fazendo quase tudo a custo zero. Foi o chamado "cinema de guerrilha". O formato documentário no Brasil vem ganhando bastante prestígio, tem produções para todos os gostos, como "Jogo de Cena", "Dzi Croquetes", "Cidadão Boilesen", "Terra Deu, Terra Come", "Alô Alô Teresinha". As salas de cinemas com esses trabalhos vêm tendo um público cativo.

Depois da participação na Mostra, o filme será exibido em algum circuito e sairá em DVD?

Passamos pelo Festival do Rio e agora estamos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e isso é bem legal porque o filme passa a falar para mais pessoas. Ainda estamos aguardado respostas de outros festivais, inclusive fora do Brasil, mas não pensamos no circuito comercial, pois exige um investimento alto para a exibição nas salas. Acho mais interessante caminhar para a televisão e estamos em conversas com as TVs públicas e comunitárias. Já o DVD logo mais estará disponível no site da Fundação.watch?v=UhpO4I2O0zs
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:39
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

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http://www.youtubhttp://www.youtube.com/watch?v=UhpO4I2O0zse.com/watch?v=UhpO4I2O0zs
publicado por 100porcentoloucospeloaraguaia às 01:35
Sexta-feira, 21 / 02 / 14

Camponeses do Araguaia - A Guerrilha Vista por Dentro

Documentário de Vandré Fernandes estreiou na Mostra de SP e trouxe viés inédito do combate contra a ditadura no interior do país.

http://www.youtube.com/watch?v=UhpO4I2O0zsA Guerrilha do Araguaia já foi tratada a partir de dois pontos de vista primordiais: o lado oficial dos militares e o dos participantes da notória luta armada. Iniciado pelo PCdoB no fim da década de 60, o movimento que visava instalar a resistência popular contra a ditadura agora ganha nova abordagem no documentário "Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro", do diretor Vandré Fernandes, ex-dirigente da UJS.</p>

O filme traz relatos dos diversos camponeses que vivenciaram a Guerrilha no dia-a-dia, contando curiosidades do relacionamento com os guerrilheiros e também das marcas que deixaram as torturas dos militares, ampla e irrestrita a todos que moravam na região onde foi deflagrado o conflito. Há ainda um rico bando de imagens, que complementam esse importante registro de uma parte ainda pouco explorada da história brasileira.

"Camponeses do Araguaia - A Guerrilha vista por dentro" faz parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e teve estreia marcada para o dia 22 de outubro no Unibanco Arteplex.
O Portal UJS bateu um papo com Vandré Fernandes, que conta mais detalhes de sua produção.

Como e quando surgiram as primeiras ideias para o documentário?

A ideia surgiu no primeiro sementre de 2009, quando ficamos sabendo que os camponeses do Pará que vivenciaram e se envolveram na Guerrilha do Araguaia iriam ser anistiados pelo Estado Brasileiro. No ínicio, a Fundação Mauricio Gragois queria apenas o registro na íntegra do processo da anistia e ter isso como arquivo histórico. Foi aí que percebi que aquela história podia render muito mais e apresentei um roteiro para realizarmos o documentário que pudesse, num futuro, participar de festivais e mostras, e que mais pessoas pudessem ter acesso ao episódio da Guerrilha. Como a Fundação não tinha experiência no desenvolvimento do audiovisual, então eu apresentei a Oka Comunicações e assim nasceu a parceria do Documentário.

Desde do ínicio, eu procurava contar a história da Guerrilha através do olhar do camponês. Basicamente, a marcação do roteiro seguiu quatro perguntas: como era região, como você (camponês)  chegou aqui, como foi o seu contato e impressão dos "paulistas" (os Guerrilheiros), como foi no tempo da Guerrilha e o contato com os militares e, por último, como você (camponês) e a região ficaram após a guerrilha. Veja que num documentário a gente procura seguir uma linha de roteiro para não fugir da história inicialmente pensada, e não propriamente um roteiro, como num filme de ficção. Mas aí fui percebendo que a história não fechava direito, faltava informações do porquê dos "paulistas" terem se deslocado para a região do sul do Pará e da tática militar utilizada pela ditadura para aniquilar os guerrilheiros. Então, eu e os produtores achamos melhor incorporar no documentário pessoas que preenchessem essas informações, como Renato Rabelo, presidente do PCdoB, e Romualdo Pessoa, professor da UFG que lançou um excelente livro intitulado "Guerrilha do Araguaia, a esquerda em armas".</p>

Um dos diferenciais da produção é tratar da Guerrilha do Araguaia a partir do povo da região. Você consegue citar algum personagem que seja mais marcante para você?

Esse é de fato o diferencial, contar através do olhar do camponês. Sabemos pouco sobre o episódio pelos militares. Já o PCdoB tem vários registros que remontam a Guerrilha, como o Relatório de Arroio e Araguaia - relato de um guerrilheiro, de Glênio de Sá, para citar dois. Mas há vários documentos e livros a respeito. Não há exatamente o mais marcante, pois se a gente pegasse a história só de um camponês já teriamos um bom documentário. Porém, há histórias interessantes que acabaram não entrando no documentário, por conta do que eu disse de seguir uma linha de pensamento. Uma delas é da camponesa Neusa e o guerrilheiro Amaro, que mesmo sendo proibidos de ter um relacionamento amoroso - pois era perigoso para a organização - decidiram viver juntos, ele com mais de 40 e ela com 19 anos. Tiveram muitos filhos, todos com nomes de guerrilheiros. Amaro faleceu na década de 90 e Neusa está no documentário.

Mas a história mais impressionante foi contada pela camponesa e professora Oneide. Ela preparou um festival de teatro entre os alunos da região para ser apresentado em praça pública, com diversos temas locais. Foi feita uma montagem da Guerrilha e quando uma aluna interpretava Dina, uma guerrilheira, a polícia e o prefeito entraram dispersando a população e tiraram a roupa da jovem, deixando-a nua na praça, isso em 2006.</p>

Que outras novidades o filme traz (imagens inéditas, informações novas etc.)?

A novidade, sem dúvida, são os relatos dos camponeses. No entanto, a TV Mirante nos cedeu imagens de treinamento do exército na região utilizados como forma de intimidamento que são impressionantes. Eles estavam indo para uma guerra de fato. Já as imagens do cotidiano da época, dos camponeses jovens, aqueles retratos de casamento, de pais, que no norte e nordeste são comuns, isso se perdeu, pois os militares queimaram tudo o que pudesse guardar alguma lembrança.

Quem são os apoiadores da produção? Como você avalia a viabilidade comercial de documentários como o seu no cenário atual?

O financiamento do documentário se deu através da Fundação Maurício Grabois e seu presidente Adalberto Monteiro, além do apoio de Leocir Rosa e Osvaldo Bertolino, que também nos ajudaram na condução no sul do Pará. Tivemos ainda a Oka Comunicações, através do meu amigo Rogerio Zagallo, produtor e editor, que se dedicou muito na finalização, Bruno Mitih, o fotógrafo, Daniel Altman, que musicou o filme, e eu, claro, fazendo quase tudo a custo zero. Foi o chamado "cinema de guerrilha". O formato documentário no Brasil vem ganhando bastante prestígio, tem produções para todos os gostos, como "Jogo de Cena", "Dzi Croquetes", "Cidadão Boilesen", "Terra Deu, Terra Come", "Alô Alô Teresinha".  As salas de cinemas com esses trabalhos vêm tendo um público cativo.

Depois da participação na Mostra, o filme será exibido em algum circuito e sairá em DVD?

Passamos pelo Festival do Rio e agora estamos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e isso é bem legal porque o filme passa a falar para mais pessoas. Ainda estamos aguardado respostas de outros festivais, inclusive fora do Brasil, mas não pensamos no circuito comercial, pois exige um investimento alto para a exibição nas salas. Acho mais interessante caminhar para a televisão e estamos em conversas com as TVs públicas e comunitárias. Já o DVD logo mais estará disponível no site da Fundação.

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